terça-feira, abril 21

Sacola de papel, só que de couro?


Ás vezes, o esforço das marcas em "fazer parecer" é enorme. 
Explico: nem sempre é fácil justificar exorbitâncias de preços, estripulias com materia-prima frágil e por aí vai. Pra justificar a falta de compromisso com qualquer tipo de bom senso matemático, recorre-se a uma infinidade de recursos e argumentos que visam "sofisticar" a imagem do produto - principalmente se estivermos falando de bolsas. Modelos estapafúrdios, cores que não tem nome, estampas e detalhes que beiram o ridículo são só alguns dos métodos que eu já vi. Pois bem.
Dito isso, o que pensar, quando Mrs. Lagerfeld goes kreyze e faz o contrário? Sabe aquelas sacolas "de loja", de levar a mercadoria pra casa, que a gente até guarda, pra mandar roupa pra lavanderia (or whatever),e depois joga fora? Então, ele as fez de couro, pra Chanel. A principio achei meio besta, sabe? Pensei "quem vai ser o tonto que vai pagar" e tal...inclusive vi que o assunto rendeu pano pra manga no mundo a fora. Mas depois parei e pensei: Mas gente, pra que que existe moda em first place? não é pra ser divertido? Acho que é isso aí, uma descontraída básica. Daí até gostei mais da idéia.
É isso.

(Ah, bom, e é também uma mensagem pro mundo: "sim, a gente faz o que quer, e sim, tem tonto que paga". A de tamanho médio custa seismilseiscentosevinteecinco doletas)

segunda-feira, abril 13

Editorial Moda na Vila


Convidamos á todos para virem comemorar conosco o lançamento do nosso primeiro catálogo de tendências! Será na quarta-feira (dia 15) aqui na loja, e se estenderá até sábado (18).
Acontecerá também, ao mesmo tempo, na Dona Santa, Bonanni e Destroyer.
Boa conversa, capuccino e comprinhas...que tal?
E o melhor da festa: comprando nestes dias em qualquer loja participante vc ganha 10% de desconto para gastar nas outras!
Participe, quarta-feira é dia de andar na rua!

sexta-feira, abril 10

and...WHITE.



Os tempos de crise podem trazer muitos questionamentos em relação a toda essa história da indústria do luxo. A gente vê os jornais e pensa que ela é coisa do passado, que vai afundar junto com o Leman Brothers e toda a galerinha de Wallstreet. 
Certo é que, todos aqueles que não fazem parte de seu seleto grupo de consumidores, tendem a torcer  o nariz pras estripulias dessa indústria. Eu mesma, tenho lá minhas ressalvas - tem coisa que é bacana, que dá aquela vontadezinha...e tem coisa que é só crachá de rico, sabe? Acho cafona.
Bom, mas hoje vou falar da primeira: a que da vontade. Primeiro preciso dizer que, como boa canceriana, sou tradicionalista, e valorizo, acima de tudo, o que tem história. O que era da minha avó, o que foi presente de alguém querido, e assim vai. Dito isto, não será surpresa revelar que Chanel, é minha marca preferida. Pela história, pela Coco, enfim, desde as aulas de história da moda na faculdade, me encantei com tudo que ela fez. Foi, por exemplo, a Chanel que fez a pele bronzeada ser cool. É. com um anúncio na revista onde as modelos rechonchudas apareciam queimadinhas. Antes, só os trabalhadores braçais se bronzeavam, por razões óbvias, ou seja, era coisa de pobre.
A maioria das mulheres nem sonha que usa calça comprida por causa dela, e kaki, por causa do Saint Lourent...mas isso é outro post.
Quero falar do desfile da Chanel col. verão09, ou melhor, do CENÁRIO. Prestenção: 7000 flores de papel gigantes em branco puríssimo  FEITAS Á MÃO decoraram o Cambon Capucines Pavilion, o que levou nada menos do que 4800 horas de trabalho para ser feito. O resultado? Um efeito incrível que remete áqueles livros infantis tipo Pop-up, só que gigante. E todo branco.
Isto "É" luxo.

sexta-feira, abril 3

Back to Black

Bolsa Grande Preta - 320,00, Bolsinha pequena Laço -159,00, Brinco Pedraria- 72,00, Anabela preta - 129,90

Já fazia algum tempo que o preto, apesar de ser obviamente necessário e lindo, não era o rei da temporada. A cor, junto com o terninho e a t-shirt branca, havia ficado um tanto estigmatizada pelo minimalismo extremo da década de 90, quando Issey Miyake e Rei Kawakubo, brilhavam com seus japonismos modernos e objetivos – abusando da cor (ou da ausência dela).
Esquisitos?
Not anymore! O PRETO (adivinha?) é o novo preto. Voltou mais leve e feminimo – louco pra vc sair por aí de nero, dos pés á cabeça.
Vale um pouco mais de metálico, um pouco mais glam. Evite usa-lo muito opaco, á menos que seja numa perfeita calça de alfaiataria.

A Amy ajuda a entrar no espírito.
Ps. Vc não adora essa coisa dramaqueen? O figurino ta impecável, pode copiar...Menos a make - isso só funciona nela.