quarta-feira, junho 3

Pessoas e Noronhas

Fernando Pessoa já falou faz tempo, sobre essa imprecisão da vida. Mas foi lá em Noronha que eu entendi melhor toda a história.
Fui entender que a imprecisão não só é uma lei imutável, como é também perfeita. Quer dizer, não importa o que eu faça, o que eu pense, o sol vai ser sempre aquele sol – quando quiser ser sol. Quando não quiser pode chover horrores, não importando o rombo na sua conta bancária quando programou a viagem.
Mas o legal é perceber que é possível improvisar. Que é possível fazer de tanta imprecisão algo positivo. Acho na verdade, que esse é o segredo de quem aprendeu de fato a ser feliz: saber simplesmente que tudo pode ser, como pode não ser, é 50%, sempre. E aceitar isso já é um bom começo.
Se ver de repente no meio do nada, sem rumo, com lama, sede e calor pode ser tudo o que vc precisa pra perceber que não precisa de tanto assim, que dá pé do jeito que tá mesmo. Que se vc tem a si, já é meio caminho andado.






Na minha viagem não choveu, eu previ sol e fez sol. Mesmo assim, muita coisa foi imprevista, por exemplo, o fato de ter sido mais lindo, mais incrível e perfeito do que eu imaginava, e de que existe um lugar em que o céu é maior do que a gente pode supor.

É 50 X 50, sempre!

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